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domingo, 24 de fevereiro de 2013

O Angelus visto pelos portugueses

Uns subiram até ao topo do prédio mais alto ao redor da Praça de S. Pedro, outros trouxeram bandeiras, outros vieram apenas prestar a sua homenagem. De uma forma ou de outra, a comunidade portuguesa fez-se presente neste último Angelus de Bento XVI.

De Oeiras chegou uma família de quatro. O Filipe e a Mónica trouxeram as filhas Constança e Carolina a Roma pela primeira vez. Os pais já cá tinham estado, as filhas não. E nenhum deles sabia que viria presenciar algo histórico quando marcaram estas férias. «Já tínhamos marcado este fim-de-semana de férias há muito tempo, foi uma feliz coincidência», conta a Mónica, que fala num momento «histórico» para a Igreja e também para a família. O Filipe foi surpreendido pelo anúncio do Papa há umas semanas atrás. «Tínhamos sempre aquela ideia de que o lugar de Papa deveria ser eterno, até à morte», diz o Filipe, que em seguida explica que compreende as razões do Santo Padre e até retira de lá lições que deveriam ser seguidas por todos. «Comprende-se que tenha resignado por questões de saúde e é uma atitude que pode servir de exemplo até para os governos, porque assumiu que não tinha condições e saiu para dar lugar a outro mais capaz», defende.

A opinião desta família sobre o Papa é a mesma que muitos dos fiéis em todo o mundo. «Estive cá no início do pontificado e pareceu-me uma pessoa fria e distante», diz o Filipe, ao que a Mónica acrescenta de imediato «isso até à visita em Portugal, porque aí mudámos a nossa ideia e percebemos que é uma pessoa mais humana, mais simpática».

Sobre o novo Papa, esta família tem um palpite, que sai da boca da Constança, a mais pequena. «O cardeal Ouellet» do Canadá, diz, com força de palpite. Filipe e Mónica não sabem quem será o novo Papa, mas sabem que precisará de ser um «pastor». «As pessoas precisam de uma referência para seguir, um pastora que faça com que toda a gente o compreenda», diz o Filipe, ao que a Mónica acrescenta a questão da idade. «Este iniciou o pontificado muito velho, seria bom que fosse alguém mais novo, porque vivemos uma fase em que a Igreja precisa de alguém durante mais tempo», considera.

Portuguesas de Roma 
Elisabete e Victória são mãe e filha. Vivem em Roma, mas «vamos sempre a Portugal de férias», faz questão de frisar a Victória. Trouxeram a bandeira de Portugal para a Praça de S. Pedro, juntamente com um gosto muito especial por este Papa. «Hoje foi um dia especial, já cá vim muitas vezes, mas este foi o último Angelus, é algo que nos fica na memória», explica a Elisabete, que afirma que foi a filha que insistiu que viessem.

A Victória é pequena mas tem uma admiração por Bento XVI bem maior que o seu tamanho e idade. «Tenho algo no coração, só este Papa é que me faz sentir assim especial», conta, de olhos fechados e uma certeza na voz que impressiona. «Quando fala em português», continua a pequena Victória, «parece que é o nosso Papa, que estamos lá com ele», afirma a pequena portuguesa.

Apesar de não terem chegado às 200 mil pessoas, os fiéis esgotaram a praça de S. Pedro, empunhando cartazes e gritando palavras de ordem de admiração e apoio a Bento XVI, que no final do Angelus agradeceu a todos as palavras e orações, e pediu que continuassem a rezar por ele e pela Igreja.

A FAMÍLIA CRISTÃ está em Roma a acompanhar os últimos dias do pontificado de Bento XVI e irá trazer-lhe todas as novidades. Poderá seguir tudo, incluindo a emissão em direto da Audiência Geral de Quarta-feira, no sítio Web criado para o efeito, disponível em http://bentoxviresigna.blogspot.pt

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