O porta-voz do Vaticano apresentou hoje no Vaticano os ritos
relativos à entrada dos 115 cardeais eleitores no Conclave que se vai
iniciar esta terça-feira, antecipando o «fumo negro» após a primeira
votação. «É de esperar uma 'fumata' [fumo que sai da chaminé da Capela
Sistina] negra», disse o padre Lombardi, segundo o qual «dificilmente» o
primeiro escrutínio «tem um resultado positivo». O diretor da sala de
imprensa da Santa Sé recordou que em 2005, no Conclave que elegeu Bento
XVI, a primeira 'fumata' ocorreu pelas 20h04 (menos uma em Lisboa).
Hoje as cerca de 90 pessoas que constituem o corpo de apoio ao Conclave irão prestar o seu juramento. Este conjunto de pessoas engloba pessoal administrativo, confessores, «que prestarão todo o tipo de serviços necessários ao bom funcionamento do Conclave» explicou o Pe Lombardi na conferência de imprensa desta manhã em Roma.
Funcionamento do ConclaveApós a missa votiva pela eleição do Papa, que vai ser celebrada na manhã de terça-feira, os cardeais eleitores vão transferir-se da Casa de Santa Marta, onde residem durante o processo eleitoral, para a Capela Paulina, no Palácio Apostólico do Vaticano, às 15h45 locais. A procissão rumo à Capela Sistina, que acolhe os escrutínios, tem início marcado para as 16h00, ao som do canto 'Veni Creator', para pedir a assistência do Espírito Santo.
Participam na procissão o vice-camerlengo, o auditor geral da Câmara Apostólica e dois membros de cada um dos colégios dos protonotários apostólicos [cónegos das basílicas papais], dos prelados auditores da Rota Romana [tribunal] e dos prelados clérigos da Câmara Apóstolica [Santa Sé]. O rito de entrada na Capela Sistina vai ser presidido por D. Giovanni Battista Re, prefeito emérito da Congregação para os Bispos, o primeiro cardeal na ordem de precedência utilizada nas procissões, juramentos e votações, dado que o cardeal decano [presidente do Colégio Cardinalício), D. Angelo Sodano, tem mais de 80 anos de idade e não participará no Conclave. «Toda a Igreja, unida a nós na oração, invoca sem cessar a graça do Espírito Santo para que seja eleito por nós um Pastor digno de todo o rebanho de Cristo», refere a oração que acompanha a entrada na capela. As orações e os rituais próprios do Conclave estão descritos num livro litúrgico próprio (Ordo rituum Conclavis).
Os cardeais eleitores prestam, em primeiro lugar, o juramento de "segredo" sobre tudo o que diz respeito à eleição do Papa e comprometem-se a desempenhar fielmente a sua missão caso sejam escolhidos como o novo pontífice. Terminado o juramento, todas as pessoas estranhas à eleição saem após a ordem 'Extra Omnes' (todos fora), momento previsto para as 16h45 de Roma: permanecem apenas o mestre das celebrações litúrgicas e o eclesiástico escolhido para a segunda meditação, o cardeal maltês D. Prosper Grech.
O padre Lombardi recordou que a cerimónia, do início da procissão ao 'extra omnes' durou "cerca de uma hora" em 2005.
Caso os cardeais decidam proceder a um primeiro escrutínio, o resultado será comunicado através do fumo (branco, caso haja uma maioria de dois terços, ou negro), que deverá ser visível por volta das 20h locais (menos uma em Lisboa), seguindo-se a recitação da oração de vésperas e o regresso à Casa de Santa Marta.
Quando for eleito, o procedimento de apresentação ao povo será também diferente do habitual, segundo explicou o porta-voz da Santa Sé. O cardeal que preside ao Conclave pergunta se ele aceita o cargo para o qual foi foi eleito, e qual o nome pelo qual quer ser conhecido. Depois ele vai à Sala das Lágrimas e veste as suas vestes, seguida de uma oração na qual se lê um excerto do Evangelho em Cesareia, onde Jesus pergunta «quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». Após esta oração, os cardeais e o novo Papa saem em procissão e param na Capela Paulina, onde o Papa entra sozinho e reza perante o Santíssimo Sacramento, e só depois seguem todos para a varanda da Basílica de S. Pedro, onde o novo Sumo Pontifíce é apresentado à multidão. Nesse momento, o Papa deverá dizer umas palavras e dar a sua primeira benção postólica, que dará indulgência plenária a quem estiver na Praça de S. Pedro.
O porta-voz do Vaticano sublinhou, por outro lado, que a missa de início de pontificado pode acontecer num dia de semana e «não necessariamente ao domingo», desde que tenha passado o tempo considerado «oportuno» para a chegada de delegações políticas e religiosas para a cerimónia. A data desta celebração será comunicada «pouco depois» da eleição do Papa, anunciou.
Hoje as cerca de 90 pessoas que constituem o corpo de apoio ao Conclave irão prestar o seu juramento. Este conjunto de pessoas engloba pessoal administrativo, confessores, «que prestarão todo o tipo de serviços necessários ao bom funcionamento do Conclave» explicou o Pe Lombardi na conferência de imprensa desta manhã em Roma.
Funcionamento do ConclaveApós a missa votiva pela eleição do Papa, que vai ser celebrada na manhã de terça-feira, os cardeais eleitores vão transferir-se da Casa de Santa Marta, onde residem durante o processo eleitoral, para a Capela Paulina, no Palácio Apostólico do Vaticano, às 15h45 locais. A procissão rumo à Capela Sistina, que acolhe os escrutínios, tem início marcado para as 16h00, ao som do canto 'Veni Creator', para pedir a assistência do Espírito Santo.
Participam na procissão o vice-camerlengo, o auditor geral da Câmara Apostólica e dois membros de cada um dos colégios dos protonotários apostólicos [cónegos das basílicas papais], dos prelados auditores da Rota Romana [tribunal] e dos prelados clérigos da Câmara Apóstolica [Santa Sé]. O rito de entrada na Capela Sistina vai ser presidido por D. Giovanni Battista Re, prefeito emérito da Congregação para os Bispos, o primeiro cardeal na ordem de precedência utilizada nas procissões, juramentos e votações, dado que o cardeal decano [presidente do Colégio Cardinalício), D. Angelo Sodano, tem mais de 80 anos de idade e não participará no Conclave. «Toda a Igreja, unida a nós na oração, invoca sem cessar a graça do Espírito Santo para que seja eleito por nós um Pastor digno de todo o rebanho de Cristo», refere a oração que acompanha a entrada na capela. As orações e os rituais próprios do Conclave estão descritos num livro litúrgico próprio (Ordo rituum Conclavis).
Os cardeais eleitores prestam, em primeiro lugar, o juramento de "segredo" sobre tudo o que diz respeito à eleição do Papa e comprometem-se a desempenhar fielmente a sua missão caso sejam escolhidos como o novo pontífice. Terminado o juramento, todas as pessoas estranhas à eleição saem após a ordem 'Extra Omnes' (todos fora), momento previsto para as 16h45 de Roma: permanecem apenas o mestre das celebrações litúrgicas e o eclesiástico escolhido para a segunda meditação, o cardeal maltês D. Prosper Grech.
O padre Lombardi recordou que a cerimónia, do início da procissão ao 'extra omnes' durou "cerca de uma hora" em 2005.
Caso os cardeais decidam proceder a um primeiro escrutínio, o resultado será comunicado através do fumo (branco, caso haja uma maioria de dois terços, ou negro), que deverá ser visível por volta das 20h locais (menos uma em Lisboa), seguindo-se a recitação da oração de vésperas e o regresso à Casa de Santa Marta.
Quando for eleito, o procedimento de apresentação ao povo será também diferente do habitual, segundo explicou o porta-voz da Santa Sé. O cardeal que preside ao Conclave pergunta se ele aceita o cargo para o qual foi foi eleito, e qual o nome pelo qual quer ser conhecido. Depois ele vai à Sala das Lágrimas e veste as suas vestes, seguida de uma oração na qual se lê um excerto do Evangelho em Cesareia, onde Jesus pergunta «quem dizem os homens que é o Filho do Homem?». Após esta oração, os cardeais e o novo Papa saem em procissão e param na Capela Paulina, onde o Papa entra sozinho e reza perante o Santíssimo Sacramento, e só depois seguem todos para a varanda da Basílica de S. Pedro, onde o novo Sumo Pontifíce é apresentado à multidão. Nesse momento, o Papa deverá dizer umas palavras e dar a sua primeira benção postólica, que dará indulgência plenária a quem estiver na Praça de S. Pedro.
O porta-voz do Vaticano sublinhou, por outro lado, que a missa de início de pontificado pode acontecer num dia de semana e «não necessariamente ao domingo», desde que tenha passado o tempo considerado «oportuno» para a chegada de delegações políticas e religiosas para a cerimónia. A data desta celebração será comunicada «pouco depois» da eleição do Papa, anunciou.
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